Se alguém me perguntasse o que é ser um bom professor eu diria que é aquele capaz de dar uma aula inesquecível. Uma
aula inesquecível é uma aula teatral (aula magistral se for teatral),
uma aula em que o professor é mais do que um professor — é um
professor-ator.
Chega
de ser o professor que entra em sala de aula disposto a “dar a
matéria”. O professor-ator compreende que, por trás das aparências de
uma sala de aula na qual os alunos estão “sedentos de conhecimento”,
esconde-se uma outra verdade.
Os
alunos estão é sedentos de vida, e, se o conhecimento não for vital, os
alunos manifestarão seu desagrado na forma de dispersão, de conversas
paralelas e até mesmo de sono. Neste caso, o comportamento rotineiro do
professor “ofendido” com a falta de respeito dos alunos será uma reação
ineficaz e estéril.
O
professor-ator renuncia a reações ineficazes porque já renunciou à
ideia de uma aula organizada, tranquila, com começo, meio e fim, cada
passo previsto, cada tema devidamente abordado; já renunciou à ideia de
um curso sem acidentes e incidentes, surpresas e impasses. Sabe que eram
idealizações honestas, mas puras idealizações.
O realismo recomenda-lhe outra voz. E a aula inesquecível é justamente a ocasião propícia para se ouvir a outra voz.
Gabriel Perissé.
Então,
que tal sermos professores inesquecíveis, que tal adotarmos outras
metodologias de ensino, tente inovar, fazer diferente, vamos ouvir a
outra voz (nossos alunos), e conferir a produtividade dessa relação
ensino-aprendizagem de uma forma descontraída e eficaz!